O objetivo deste trabalho é identificar as representações sociais e coletivas dos profissionais da educação do município de Caruaru, com relação aos adolescentes que estão em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida e que, por exigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, devem estar inseridos em instituições regulares de ensino. O interesse pela referida pesquisa surgiu em decorrência da experiência vivenciada como pedagogo, no Primeiro Núcleo de Referência de Medida Socioeducativa de Caruaru. Tal experiência possibilitou constatar que alguns profissionais da área da educação apresentavam receio em efetuar a matrícula escolar dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida, em virtude das representações sociais e coletivas formadas acerca dos jovens infratores. Durante a realização da pesquisa foram aplicados questionários a 18 (dezoito) profissionais da área da educação, distribuídos em 4 (quatro) escolas da rede municipal e estadual do município de Caruaru, sendo 4 gestores e 12 professores; e com 2 (dois) pedagogos do Núcleo de Referência de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida de Caruaru, que realizam o acompanhamento pedagógico aos adolescentes em cumprimento da medida socioeducativa de liberdade assistida e estão inseridos no ambiente escolar. A referida pesquisa pretendeu contribuir com a difusão de práticas pedagógicas voltadas ao acolhimento escolar dos adolescentes/jovens autores de atos infracionais, tornando a escola um ambiente inclusivo.
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